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Mostra de Cinema



LUZ VADIA – Mostra de cinema antropofágico

12 de Dezembro de 2018 | 18h

Curadoria: Rudá K. Andrade

Esta mostra apresentará filmes e vídeos que dialogam com o conceito de antropofagia, seja no plano estético, seja no temático. A seleção oferece uma perspectiva antropofágica da experiência do caminhar, do flanar que inventa itinerários, roteiros abertos à poesia e à experimentação. A antropofagia que vê nos processos sua própria razão de ser.



Programação

Orgia ou O homem que deu cria (1970)
De João Silvério Trevisan

Sábado, 1º de dezembro, às 15h

Clássico do escritor e dramaturgo João Silvério Trevisan, esta produção foi proibida pela censura em 1970 e, por isso, jamais pôde ser exibida comercialmente. Na ocasião, o diretor estará presente para comentar a saga da realização de sua obra.


Como era gostoso o meu francês (1971)
De Nelson Pereira dos Santos
Convidado: Cris Tupã

Terça-feira, 11 de dezembro, às 18h


Filme baseado nos diários de Hans Staden, que narra as desventuras de um navegador francês capturado por índios antropófagos. A sessão será seguida de conversa com o curador da mostra, Rudá K. Andrade.


Curtas-metragens de Rudá K. Andrade
Convidado: Vitor Kawakami

Quarta-feira, 12 de dezembro, às 18h

Sequência de curtas-metragens dirigidos pelo curador da mostra. Serão exibidos: Luz vadia (2005), Gigante de Jequitinhonha (2005), Postumus (2001), Castelar (2012) e Vissungo com angu (2013).


Hitler 3º Mundo (1968)
De José Agrippino de Paula
Convidado: Rogério Corrêa

Quinta-feira, 13 de dezembro, às 18h

O clássico perdido de Agrippino (autor do celebrado livro PanAmérica), cuja montagem foi feita por Rudá Andrade, será exibido pela primeira vez na Sala Cinematographos.


O homem do pau-brasil
(1981)
De Joaquim Pedro de Andrade
Convidado: Guilherme Lisboa

Sexta-feira, 14 de dezembro, às 18h


Última produção dirigida por Joaquim Pedro de Andrade, o filme baseia-se no contexto e nas memórias do modernismo paulista para prestar homenagem à figura de Oswald de Andrade e seu Manifesto Antropófago.


Para fazer inscrição, clique aqui

Grátis

 

 

Cris Tupã é um popygua, guardião, secretário da comissão Guarani Nhemongueta de caciques Guarani de Santa Catarina. Realizou trabalhos de audiovisual junto aos povos indígenas Guarani, Kaigangwassu Cocal, Terena, Kambeba. Vive na aldeia Pira Rupa, Palhoça, SC.

Guilherme Lisboa é Bacharel em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Produziu cerca de 80 filmes, entre curtas e longas de ficção, documentários, filmes educativos e publicitários. Foi Superintendente Regional da Embrafilme em SP, Diretor Técnico do Museu da Imagem e do Som, Diretor-Adjunto da Cinemateca Brasileira, Assessor da Diretoria da Ancine e Gerente de Aquisição de Conteúdo da TV Brasil.

João Silvério Trevisan é romancista, contista, ensaísta, roteirista, diretor e dramaturgo, nascido em 1944. Em 1973, viajou para a Califórnia, nos Estados Unidos, e entrou em contato com o movimento guei. De volta ao Brasil, em 1978, participou da fundação do jornal Lampião da Esquina e o Somos — Grupo de Afirmação Homossexual. Em 1982, atendendo a um pedido da editora britânica Gay Men’s Press, começou as pesquisas para escrever uma história da homossexualidade no Brasil. Tem uma obra extensa publicada. Destaques para Pai, pai (2017) e Devassos no paraíso: A homossexualidade no Brasil, da colônia à atualidade (quarta edição, lançada em 2018).

Rogério Corrêa – Diretor, formado em cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, fez carreira como curta-metragista desde a década de 70, com filmes como Roças (1975) e Negra noite (1986). Dirigiu junto com Pedro Farkas o média Tem coca-cola no Vatapá (1976) e em 2002 volta a filmar com o média-metragem Na garupa de Deus (2002) e o longa com No olho da rua (2010).

Rudá K. Andrade é graduado em História e mestre em História Social, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desde 2002, desenvolve diversos trabalhos na área cultural, em especial no audiovisual e no desenvolvimento de pesquisa histórica. Foi curador dos projetos Somos todos Antropófagos, em Santos, e Vozes do Tempo, na PUC-SP. Em 2005, codirigiu Somos Todos Sacys, documentário que aborda a importância da tradição oral popular brasileira por meio da figura do sacy. Realizou uma série de documentários sobre saberes tradicionais em Minas e em São Paulo. Foi curador da exposição O Sacy, no Parque da Água Branca, em 2014. É curador da exposição #ocupasacy, no SESC Interlagos.

Vítor Kawakami é editor, escritor e roteirista. Fundador da Sempre-viva Editorial no Vale do Jequitinhonha e autor dos livros Bem-me-queres malmequeres (poesia, 2008) e Descontos (contos, 2015), participou do projeto audiovisual Registro dos saberes tradicionais de Milho Verde -MG (2013).

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