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V Encontro de Tradutores Literários da Casa Guilherme de Almeida

A interface dos estudos literários com o pensar antropológico vem impulsionando um reposicionamento de culturas orais convencionalmente deslocadas para o espaço extraocidental. Na área de estudos da tradução, conceitos derivados da antropologia passam a influenciar a teorização do processo tradutório. Em sua quinta edição, o TRANSFUSÃO deste ano reúne tradutores, antropólogos, poetas e filósofos para discutir a tradutibilidade de tradições indígenas e afro-brasileiras, o papel da tradução na antropologia e o processo de assimilação intercultural ou de marcação da diferença no fazer literário e no tradutório. O evento ocorrerá na Casa Guilherme de Almeida, nos dias 10,11 e 12 de setembro.

TRADUÇÃO E ANTROPOLOGIA

Curadoria e mediação: Marcelo Tápia e Simone Homem de Mello

Quinta-feira, 10 de setembro de 2015
19h - Abertura
Tradução e antropologia
Marcelo Tápia e Simone Homem de Mello

19h30 - Conferência
Tradução como iniciação
Evelyn Schuler Zea (Florianópolis)

De forma cada vez mais notória, a tradução se manifesta como processo, como dispositivo ou configuração não limitada à dimensão textual, mas inserida no contexto mais amplo de trocas rituais, sociais e técnicas. Trata-se de um momento de trânsito, desborde ou expansão no que diz respeito ao sentido textual da tradução, que demanda uma atenção específica. O acontecer extratextual da tradução serve de ponto de partida desta conferência, que se propõe a pensar a prática e a conceituação da tradução como iniciação, tomando como referência certas articulações do evento da iniciação xamânica.

Sexta-feira, 11 de setembro de 2015
10h - Mesa-redonda: A tradução na antropologia
Traduções aproximadas: o movimento retórico de originais em língua indígena e sua transposição
Marília Lopes Facó Soares (Rio de Janeiro)

Sob uma óptica que incorpora a interpretação do falante nativo de línguas indígenas, esta apresentação focaliza traduções aproximadas no âmbito verbal e tentativas empreendidas no sentido de se apreender o movimento dos sentidos e das possibilidades de sua interpretação por um nativo, respeitando-se o movimento retórico de um original.

Traduzindo a iconografia Ticuna
Priscila Faulhaber Barbosa (Rio de Janeiro)

As coleções formadas nas viagens de 1941 e 1942 aos Ticuna estão hoje depositadas no Museu Goeldi, em Belém, e no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Apesar de se desconhecerem as intenções dos artesãos e do etnógrafo que organizou a coleta, os índios Ticuna reinterpretam hoje o patrimônio intangível contido nessas peças. Uma vez que que esses objetos têm uma função e um uso transitórios, restritos ao transcorrer do ritual, os índios não demonstram interesse em se apropriar das peças hoje sob a guarda de museus. Esta apresentação analisará as chaves de interpretação da iconografia dos artefatos rituais Ticuna fornecidas pelos índios e comentará seus depoimentos sobre objetos hoje guardados em museus.

Relançamento
Após a mesa-redonda, será lançada uma nova tiragem do CD-ROM Magüta Arü Inü¨. Jogo de Memória. Pensamento Magüta Inü, resultado do projeto “Os índios Ticuna e a coleção Nimuendaju do Museu Goeldi”, sob coordenação de Priscila Faulhaber Barbosa. Esse CD-ROM reúne informações do conhecimento indígena, expressando sua visão da ciência e da tecnologia. Concebida em colaboração com os Ticuna, a edição contém uma animação sobre o movimento celeste de constelações tal como visualizadas por esses índios, que relacionam sua cosmovisão com a sazonalidade e com seu calendário agrícola e pesqueiro.

14h30 - Conferência
A opulência da onçanta – uma poética indígena
Sérgio Medeiros (Florianópolis)

O estudo da tradução e/ou recriação, em português, de narrativas indígenas Xavante, Bororo e Pemon leva o leitor a deparar com dois personagens, a onça e a anta, atuantes em mitos de iniciação do cerrado e da floresta amazônica. Esses dois personagens contracenam com jovens (crianças e adolescentes), ensinando-lhes novas linguagens e entregando-lhes bens culturais como o fogo. Ambos, muito ambíguos, falam um idioma ora poético, ora ameaçador, deixando os jovens perplexos e encantados. Com base em uma comparação entre a anta da floresta amazônica e a onça do cerrado, a conferência propõe uma poética indígena sintetizada sob o nome “onçanta” e caracterizada por indeterminação e opulência imagética e linguística.

16h30 - Conferência
A tradução intercultural
Antonio Risério (Salvador)

Traduzir entre culturas diversas gera dificuldades não apenas estritamente linguísticas, mas também conceituais. Partindo do pressuposto de que não existem linguagens estéticas universais, o conferencista abordará as discrepâncias culturais que se configuram como problemas tradutórios, recorrendo a textos extraocidentais para exemplificá-las.

20h - Performance
Fragmentos fonéticos de um (si)
Concepção e direção: Cristina Elias (Berlim/São Paulo)
Videoartista: César Meneghetti

Performers do grupo Corposinalizante: Alexandre Ohkawa, Amanda de Lima Oliveira, Ana André, Catharine Alencar Costa Moreira, Leonardo Castilho e Naiane Olah.

Esta performance e instalação audiovisual se confronta com o tema dos limites da comunicação por meio de traduções e retraduções do romance A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector. Fragmentos do texto em português, italiano, espanhol, inglês e alemão compõem uma paisagem sonora que, durante o evento live, é retraduzida por performers surdos em um léxico silencioso de movimento.

Sábado, 12 de setembro de 2015
10h -  Apresentação: O projeto ESTTRADA (UFRJ)
Uma iniciativa em Estudos de Tradução e Adaptação
Andrea Lombardi (Rio de Janeiro)

Criado em 2014 e certificado no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, do CNPq, o laboratório ESTTRADA (Estudos de Tradução e Adaptação) nasceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por iniciativa do grupo de tradução da Faculdade de Letras. As atividades do laboratório, que conta com vinte professores doutores, um mestre e quatro graduandos, serão apresentadas, com ênfase aos estudos sobre tradução e culturas indígenas.

Línguas Ameríndias: inefabilidade e tradução
Bruna Franchetto (Rio de Janeiro)

Nesta apresentação, a palestrante – integrante do projeto ESTTRADA – partirá de um exercício de tradução para discutir o limite da inefabilidade diante da pulsão ou necessidade de tradução. O objeto de análise será uma seleção de fragmentos textuais em língua Karib (Alto Xingu) extraídos de três gêneros da poética oral indígena: a narrativa (fala aparentemente prosaica), a fala cantada dos discursos cerimoniais e um repertório de cantos femininos.

14h - Mesa-redonda: Xamanismo e tradução
Tradução poética e xamanismo transversal: correspondências entre Llansol e Baudelaire
Álvaro Faleiros (São Paulo)

Esta apresentação discute a possibilidade de desenvolvimento de uma poética do traduzir que se debruce sobre a complexidade de alguns projetos tradutórios, como o das traduções de Baudelaire feitas por Maria Gabriela Llansol. Para situar a discussão no contexto brasileiro, parte-se de impasses colocados pelas poéticas textuais hoje dominantes para, em seguida, por meio da noção de xamanismo transversal do antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, se proporem instrumentos para interpretar essa complexidade.

Poemas e topografias: o problema da tradução dos cantos xamanísticos ameríndios
Pedro de Niemeyer Cesarino (São Paulo)

A apresentação tratará dos equívocos semiológicos e ontológicos envolvidos na tradução de cantos xamanísticos, concebidos e transformados em poemas. A partir de uma reflexão sobre os pressupostos envolvidos na produção de determinados eventos verbais em sociedades ameríndias, pretende-se especular sobre os critérios, os resultados e os desafios envolvidos em sua transposição para textos escritos.

16h - Conferência
Dupla transfusão entre aldeia e metrópole
Massimo Canevacci (São Paulo)

Esta conferência se propõe a “traduzir” a perspectiva de Gregory Bateson sobre o mapa e o território para a comunicação metropolitana, aplicando o estupor metodológico. O mapa sempre é uma representação simbólica (“traduzida”) em relação ao território. Por isso, a etnografia urbana se baseia na comunicação das diferenças que metacomunicam diferenças e na transfusão espantada entre o olhar estrangeiro e o familiar. Além da dialética dicotômica entre aldeia e metrópole, o desafio atual – a ser abordado nesta conferência – é narrar os cruzamentos sincréticos e conflitivos entre São Paulo e Meruri (aldeia Bororo no Mato Grosso).

18h - Recital
Cantos imemoriais indígenas
Émilie Audigier (Brasília) e Gonzalo Saldarriaga (Rio de Janeiro)

O recital propõe uma leitura dramatizada de cantos de vários povos indígenas, recolhidos no Brasil nos séculos XVI, XIX e XX, livremente inspirados do capítulo “Os imemoriais”, da antologia La poésie du Brésil, traduzida para o francês por Max de Carvalho. Evocando a mitologia da criação do mundo, a sedução no amor ou a convivência com a natureza, alguns cantos também incluem rituais xamânicos de guerra. O repertório compreende cantos tradicionais da Amazônia na linha de Marlui Miranda e composições de música erudita de inspiração indígena (Heitor Villa-Lobos e Henrique Waldemar).

Alexandre Ohkawa, pós-graduado em Sustentabilidade das edificações e instrutor de Libras earquiteto há 13 anos, é surdo. De 2012 a 2014, dirigiu uma oficina experimental de teatro para surdos com o uso da Libras em exercícios de performance e diálogos teatrais. Em 2013, participou do workshop “Elementos Expressivos para Construção da Ação Física”, ministrado por Luiz Augusto Martins e produzido pelo grupo Quase9 Teatro. Em 2014, integrou o projeto “Fragmentos fonéticos de um (si)”, de Cristina Elias, em parceria com Corposinalizante e MAM (São Paulo). Atualmente trabalha como arquiteto autônomo.

Álvaro Faleiros é poeta, cancionista, tradutor e professor de Literatura Francesa na Universidade de São Paulo (USP). Entre sua produção como tradutor, poeta e escritor, destacam-se as publicações O bestiário, de Guillaume Apollinaire (1997), Kalevala: primeiro poema (2009), Meio Mundo (poema, 2007), Do centro dos edifícios (poemas, 2011), Traduzir o poema (2012), O sapoeta (literatura infantil, 2013) e Um lance de dados, de Mallarmé (2014), entre outros. Organizou a obra Mário Laranjeira, poeta da tradução (2013) e lançou os CDs Água Minha (2003) e Dá pé (2013).

Amanda de Lima Oliveira é educadora brincante e intérprete de Libras. Formada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), cofundadora do gRUPO êBA! de narração de histórias bilíngues, participa do coletivo Corposinalizante com performances envolvendo Libras e também no “Slam do corpo”, realizado em parceria com MAM (São Paulo) e SESC Pinheiros. É educadora do museu Casa Guilherme de Almeida.

Ana André, formada em Arquitetura pela FAU da Universidade de São Paulo (USP), com habilitação em Artes/Belas Artes, é artista multimídia. Como artista educadora, pesquisa e desenvolve – em parceria com instituições como a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (São Paulo), a Secretaria Municipal da Cultura (São Paulo) e o SESC – projetos de arte sobre consciência ambiental, cultura brasileira e cultura de paz e colabora com a Aliança pela Infância. Desde 1984, expõe seus trabalhos como artista plástica e poeta.

Andrea Lombardi, doutor em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade de São Paulo (1994), é professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Departamento de Letras Neolatinas. Publicou diversos artigos, entre eles, “Um velho índio prisioneiro num ensaio de Calvino” (1992), “Haroldo de Campos. Poemas escolhidos: tradução” (1996) e “Nostalgia. Uma reflexão sobre literatura e música” (2005). Organizou Esperienze e prospettive della traduzione in Brasile. Roma: Presidenza del Consiglio dei Ministri (1995).

Antonio Risério é poeta, antropólogo e ensaísta. Integrou grupos de trabalho que implantaram a televisão educativa, as fundações Gregório de Mattos e o hospital Sarah Kubitschek, na Bahia. Foi responsável pela elaboração do projeto geral para a implantação do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e do Cais do Sertão Luiz Gonzaga, em Pernambuco. Escreveu, entre outros, os livros Carnaval Ijexá (1981), Textos e tribos: Poéticas extraocidentais nos trópicos brasileiros (1993), Avant-garde na Bahia (1995), A utopia brasileira e os movimentos negros (2007), A cidade no Brasil (2012) e Oriki orixá(2013).

Bruna Franchetto, doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 1986), é professora titular do Departamento de Antropologia do Museu Nacional e do Departamento de Linguística, ambos da UFRJ. Sua produção em etnologia e linguística concentra-se em temas como sintaxe de línguas indígenas, documentação linguística, poética ameríndia e antropologia da escrita e da educação escolar indígena. Entre suas principais publicações estão “O Papel da Educação Escolar no Processo de Domesticação das Línguas Indígenas pela Escrita”(Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.75, n.179/180/181, 1994) e “A guerra dos alfabetos: os povos indígenas na fronteira entre o oral e o escrito” (Mana, v.14, n.1, 2008).

Catharine Alencar Costa Moreira, engenheira de telecomunicações há 10 anos, é surda. Teve o seu primeiro contato com a performance em 2012 num curso de teatro, performance e expressão corporal do colégio Rio Branco, em São Paulo. De 1999 a 2005, participou do projeto Dança de Rua Apocalipse, da Prefeitura de Santos (SP). Em 2013, participou da oficina “Elementos Expressivos para Construção da Ação Física”, ministrada por Luiz Augusto Martins e produzida pelo grupo Quase9 Teatro. Em 2014, integrou o projeto “Fragmentos fonéticos de um (si)”.

César Meneghetti é artista e cineasta formado em São Paulo, Londres e Roma. Sua obra é caracterizada por um profundo interesse em questões sociais e um constante indagar das formas de linguagem. Seu trabalho artístico é reconhecido internacionalmente, tendo sido exibido em mais de quarenta países em museus, galerias e bienais como Veneza e Sharjah. Seus filmes e documentários participaram em festivais como Locarno, Veneza e Clermont-Ferrand. É um dos 99 artistas de “Made in Brasil – 30 anos de vídeo brasileiro”, e um dos 22 artistas contemporâneos analisados no livro Arte Hipercontemporânea da italiana Simonetta Lux.

Cristina Elias é performer, diretora e coreógrafa com mestrado em direção de movimento na Central School of Speech and Drama (University of London, Reino Unido). Seu trabalho concentra-se na construção de pontes entre diferentes códigos artísticos de expressão, com ênfase na tradução de texto em movimento e imagem. Em 2011, participou da produção da ópera Matsukaze pela companhia de dança Sasha Walz & Guests (Berlim, Alemanha). Desde 2012 tem colaborado com performers e companhias em várias partes do mundo. Em 2013 ganhou o Prêmio “FUNARTE Mulheres nas Artes Visuais” pelo trabalho “Fragmentos fonéticos de um (si)”.

Émilie Audigier é doutora em Letras (Université de Provence/UFRJ) e fez pós-doutorado na PGET/UFSC (Estudos da Tradução). Coordenou o Escritório do Livro da Embaixada da França no Brasil. Como tradutora literária, participou de oficinas no Collège International des Traducteurs Littéraires e na Fundação Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro). Publicou nos livros Histoire des Traductions en Langue Française (2014), Le bestiaire imaginaire des voyageurs (2014) e La poésie du Brésil (2013), entre outros. Atualmente pesquisadora na Postrad/UnB, coordena a coleção “Projectiles”, na editora Passage(s).

Evelyn Schuler Zea, doutora em Antropologia Social pela Université de Berne, Suíça (2006), é professora no Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução. Atualmente é membro do Advisory Board no International Centre Interweaving Performance Cultures, na Freie Universität-Berlin (Universidade Livre de Berlim). Coorganizou a publicação temática Tradução e Antropologia (2012) e publicou, entre outros: “A inquietude do tradutor” (Cadernos de Tradução, v.2, n.30, 2012), “On -yesamarî and laterality” (Tipití: Journal of the Society for the Anthropology of Lowland South America, v.8, n.1, 2010) e “O genitivo da tradução” (Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi-Ciências Humanas, v.3, n.1, 2008).

Gonzalo Saldarriaga é concertista, musicólogo e professor de violão e teoria musical. Tem como foco o estudo e a interpretação de música antiga e histórica (em especial do século XV), tanto popular quanto erudita, com o intuito de chegar às raízes da música contemporânea. Apresenta repertórios de diferentes latitudes, entre eles, de música barroca, renascentista e medieval dos séculos XII, XIII, XVI e XVII, e estilos populares tradicionais como jazz, choro e música clássica hindustâni, além de estilos diversos de improvisação. Desenvolve projetos de pesquisa, estudo e divulgação da música antiga, e organiza workshops e cursos.

Leonardo Castilho, educador do MAM (São Paulo), é surdo. Trabalha como performer e ator em comerciais, curtas-metragens e teatro. Realiza workshops sobre sua experiência profissional, suas performances e também sobre a comunidade surda em centro culturais em museus do Brasil e do mundo. É integrante do coletivo de artistas e educadores Corposinalizante (corpo-sinalizante.blogspot.com), produtor de eventos e responsável pela equipe Vibração e Sencity, evento cultural e internacional que reúne em torno de mil pessoas surdas de todo o Brasil e da América do Sul.

Marcelo Tápia, poeta, ensaísta e tradutor, é graduado em Letras (Português e Grego) e doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo (USP). Autor de cinco livros de poemas, traduziu, entre outras obras, os romances Os passos perdidos (2008) e O reino deste mundo (2010), de Alejo Carpentier; é coorganizador do livro Transcriação (2013), de Haroldo de Campos. Tem ministrado cursos nas áreas de literatura e teoria da tradução em diversas instituições; atualmente, é professor convidado do Tradusp – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da FFLCH-USP. Dirige o museu Casa Guilherme de Almeida – Centro de Estudos de Tradução Literária, em São Paulo.

Marília Lopes Facó Soares é doutora na área de Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 1992), professora do Departamento de Antropologia do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e atua em Programas de Pós-Graduação da UFRJ, conferindo especial atenção a interfaces em linguística, línguas indígenas, antropologia e arqueologia. Trabalha principalmente com povos e línguas indígenas na Amazônia. Em 2003, coordenou e executou a parte de linguística do CD-ROMMagüta Arü Inü (Pensamento dos Magüta), que recebeu o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade (Iphan-2003) na categoria “inventários e acervos de pesquisa”. Ao longo dos anos, tem-se dedicado a questões de tradução, sobretudo no âmbito do verbal.

Massimo Canevacci é professor de Antropologia Cultural na Faculdade de Ciências da Comunicação, Universidade de Roma La Sapienza. Desde 1984, leciona e faz pesquisa também no Brasil. Pela obra A cidade polifônica: ensaio sobre a antropologia da comunicação urbana, recebeu do governo brasileiro a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul (1995). Como professor visitante, atuou em diversas universidades na Europa e nos Estados Unidos, além de Tóquio, Nankin, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo. Atualmente é professor visitante no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Publicou, entre outros, Sincretika: explorações etnográficas sobre arte contemporânea (2013); A linha de póA cultura bororo entre tradição, mutação e autorrepresentação (2015) e Fetichismos visuais (2015).

Naiane Olah, graduada em Letras/Libras, conheceu a língua de sinais aos 4 anos de idade. Atualmente trabalha como tradutora intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e desenvolve projetos de traduções culturais e artísticas, bem como signdance. É uma das idealizadoras do canal “HandsUp Libras” no Youtube.

Pedro de Niemeyer Cesarino, doutor em antropologia social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e pós-doutor pela Universidade de São Paulo (USP, 2008-2010) e desenvolve pesquisas em etnologia indígena, com ênfase em estudos sobre xamanismo, cosmologia, tradições orais, tradução e antropologia da arte. Atualmente, é professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP), na área de pesquisa Antropologia das Formas Expressivas. Escreveu Oniska – poética do xamanismo na Amazônia (2011) e organizou, apresentou e traduziu Quando a terra deixou de falar – cantos da mitologia Marubo (2013).

Priscila Faulhaber Barbosa, socióloga e antropóloga, é pesquisadora titular do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e professora do corpo permanente do doutorado em Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), atuou como pesquisadora visitante na Freie Universität-Berlin (Universidade Livre de Berlim, 1984), no Museu de Etnologia de Berlim (2003) e na University of California (2007-2008), quando realizou pós-doutorado. Na área de História da Antropologia, tem alguns temas de interesse como fronteiras e colonialismo, movimentos indígenas e objetos fronteiriços. É pesquisadora do MAST/MCTI. Escreveu O Lago dos espelhos. Etnografia do saber sobre a fronteira em Tefé/Amazonas (1998).

Sérgio Medeiros, poeta, tradutor e ensaísta, é professor titular do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 2001, realizou pesquisa de pós-doutorado na Stanford University (EUA) sobre o poema maia Popol Vuh, pelo qual se destaca, como cotradutor, da versão brasileira em versos dessa obra ameríndia. Ainda como cotradutor, participou da coletânea De santos e sábios: escritos estéticos e políticos, de James Joyce. Além de mitos indígenas, pesquisa a obra do escritor e viajante Visconde de Taunay, do qual vem reeditando textos menos conhecidos. Atualmente, coedita o jornal on-line Qorpus. Publicou o livro Totens (2012).

Simone Homem de Mello é autora e tradutora literária. Sua produção poética inclui Périplos (2005), Extravio marinho (2010) e Terminal, à escrita (2015) e os libretos de ópera Orpheus Kristall (Munique, 2002), Keine Stille auβer der des Windes (Bremen, 2007) e UBU (Gelsenkirchen, 2012). Traduz autores modernos e contemporâneos alemães e austríacos, como Arno Holz, Peter Handke e Thomas Kling. Coordenou, de 2012 a 2014, o Centro de Referência Haroldo de Campos (Casa das Rosas, São Paulo). Desde 2011, trabalha como coordenadora do Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida, em São Paulo.

CARTA ABERTA À COMUNIDADE MUSEAL BRASILEIRA | DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS EXPOSIÇÃO - A POÉTICA DAS RUAS Funcionamento de carnaval
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