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Evento Especial



II Encontro “Tradução dos Clássicos no Brasil” – Recitação & Performance

05 de Março de 2016 | das 9h às 20h

Coordenação: Marcelo Tápia


Durante todo o dia 5 de março, sábado, será oferecida uma oportunidade muito especial de ouvir alguns dos principais tradutores, hoje, de obras clássicas em nosso país. Realizado pela primeira vez em 2015, o Encontro gerou, por seu gratificante resultado, a expectativa de sua continuidade em frequência anual. O evento focalizará a performance e a récita de obras traduzidas, acompanhadas de comentários dos tradutores sobre seu trabalho. 


PROGRAMA

Dia 5 de março de 2016

Das 9h às 9h30

 

Recepção e café da manhã


Das 9h30 às 11h10


- Érico Nogueira (UNIFESP): "O salmo 136 (137) em duas versões latinas e em redondilhas de Camões"
Leitura e comentário de duas versões latinas do salmo 136 (137) e da sua mais célebre imitação vernácula – a saber, as "Redondilhas de Sôbolos Rios" de Luís de Camões.

- Brunno V. G. Vieira (UNESP): “Desejo e fúria de Ovídio pelas tabelas”
A leitura de duas elegias (Amores 1.11 e 1.12) ensejará alguma discussão sobre a tradução como forma.

- João Angelo Oliva Neto (USP): “João Gualberto Ferreira dos Santos Reis e a primeira tradução brasileira integral em versos da Eneida: considerações primeiras”.
Constatado o fato de que a Eneida traduzida pelo baiano João Gualberto Ferreira dos Santos Reis, em decassílabos brancos não rimados é integral, publicada em três volumes na Bahia em 1845 e 1856, João Gualberto passa a ser o primeiro brasileiro a traduzir / publicar uma versão poética do poema de Virgílio. A condição que assume convida a que se comece a refletir sobre a tradução em si e conhecer as circunstâncias em que foi feita.

- Alexandre Hasegawa (USP): "Tradução dos epigramas atribuídos a Teócrito"
Serão apresentadas algumas traduções dos poemas da primeira parte do suposto livro de epigramas atribuídos a Teócrito, em que se encontram os poemas bucólicos (1-6), e da última e terceira parte (17-22), em que se encontram os poemas dedicados a poetas. Pretende-se, assim, discutir as propostas para traduzir o dístico elegíaco, metro da primeira seção, e outros metros, presentes na última.

(Coffee break: 30 minutos)

Das 11h40 às 13h20


- Adriane Duarte (USP): “Versões e diversões: traduzindo a comédia grega”
A tradução de teatro sempre implica pensar a performance, mesmo que a opção seja verter para o livro e, não, para o palco. Dentre as comédias aristofânicas, As tesmoforiantes é a que propõe maior reflexão sobre a performance na medida em que põe em cena Eurípides e várias de suas tragédias. Proponho iluminar a questão a partir de uma seleção de cenas dessa comédia singular, em que a performance cômica problematiza a trágica.

- Ana Maria César Pompeu (UFC): “Aristófanes matuto: tradução de Acarnenses do grego para o cearenses”
A tradução da comédia Acarnenses,de Aristófanes, para o cearensês apresenta alternativas de expressividade da língua portuguesa, na linguagem matuta cearense, para a expressividade da comédia aristofânica, reconhecendo a forte inspiração da musa da comédia na cultura cearense.

- Edson Reis Meira (UFMA): "Lisístrata no português do Sul da Bahia"
Leitura de fragmentos representativos de Lisístrata. A leitura será precedida de comentários que destacarão as particularidades da tradução: 1) tradução para encenação;  2) linguagem inteiramente coloquial e 3) soluções para a representação dos dialetos ático e lacônico na tradução.

- Paulo Martins (USP): “Propércio em verso 'livre' de pudor, ou simplesmente sem...”
Muito se discute acerca das traduções possíveis para o dístico elegíaco em português; entretanto, pouco se fala da dicção e do registro da elegia erótica romana em tradução. Como devemos traduzir este gênero que opera simultaneamente ora a elevação, digamos épica, ora a baixeza, quase iâmbica, formalizadas no dístico? Apresento, neste trabalho em versos livres, uma possível solução empírica para este problema.

(Lanche: 70 minutos)

Das 14h30 às 16h10


- Jaa Torrano (USP): “Tradução e acribia poéticas”
A noção de acribia da tradução poética tem estrutura similar à da acribia histórica documentada em Tucídides e, uma vez explicitada, essa similaridade se exemplifica com excertos da tradução de Eurípides.

- André Malta (USP): “Tradução tradição: Homero na pátria do português”
Apresentação de uma colagem de referências que ajudaram a definir, nos últimos 20 anos, o modo encontrado pelo tradutor para verter a poesia de Homero, e leitura de um trecho – cerca de 50 versos do Canto 13 – de sua transposição parcial, em progresso, da Odisseia.

- Raimundo Carvalho (UFES): “A história de Filêmon e Báucis”
Leitura de Metamorfoses VIII, 611-724, contendo a história de Filêmon e Báucis, em tradução em versos dodecassílabos.

- Robert de Brose (UFC): “Experiências tradutórias com trímetros e tetrâmetros gregos”
A partir de uma análise dia- e sincrônica dessas formas métricas, serão propostas algumas possibilidades de transcriação para o português que, ao reverter a moderna supremacia da letra sobre a voz, tentam enfatizar significados supra- ou infralexicais, como o ritmo, as assonâncias e os jogos de palavras, a fim de se constituir em tradução que anseie pela voz mais do que pelos olhos.

(Coffee break: 30 minutos)

Das 16h40 às 18h20


- Rodrigo Gonçalves (UFPR): "Lucrécio e o ritmo da natureza"
Performance de trechos selecionados do livro I do De Rerum Natura de Lucrécio em hexâmetros brasileiros: hino a Vênus, elogio a Empédocles e crítica a Anaxágoras. A apresentação visa explorar as potencialidades performáticas do hexâmetro datílico flexível em português a partir da variação do tom e do estilo do poema de Lucrécio nos trechos selecionados. 

- Leonardo Antunes (UFRG): “Poesia grega em música e tradução”
Apresentação musical de excertos da poesia épica e lírica grega em texto original e tradução.

- Guilherme Gontijo Flores (UFSC): “Considerações para uma transperformance”
Apresentação de algumas das Odes de Horácio em tradução cantada, com comentários sobre os desafios da tradução em peformance vocal.

- Encerramento literomusical – Marcelo Tápia (CGA): “Melopeia”
Apresentação de poesia e música gregas, com acompanhamento de músicos convidados.

Das 18h30 às 20h


Confraternização

 

Inscrições gratuitas

 

 

SOBRE OS PARTICIPANTES

 

Adriane da Silva Duarte é professora livre-docente de Língua e literatura grega da FFLCH/USP, com mestrado e doutorado sobre a comédia de Aristófanes. Atualmente é bolsista do CNPq. É tradutora de As aves (SP: Hucitec, 2000) e Duas comédias: Lisístrata e As tesmoforiantes (SP: Martins Fontes, 2005), de Aristófanes.

 

Alexandre Pinheiro Hasegawa é professor de Língua e Literatura Latina da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), e coordenador do VerVe (Verbum Vertere), grupo de pesquisa sobre poética e tradução de textos latinos e gregos, cadastrado no CNPq.

 

Ana Maria César Pompeu é Professora Associada da UFC (DLE, PPGLetras, POET), com doutorado e mestrado em Letras Clássicas pela USP, estágio pós-doutoral na Universidade de Coimbra. Publicou Dioniso matuto: uma abordagem antropológica do riso na tradução de Acarnenses de Aristófanes para o cearensês (2014) e traduziu Lisístrata (1998; 2010) e Tesmoforiantes (2015).

 

André Malta, professor de língua e literatura grega da FFLCH-USP desde 2001, é autor de A selvagem perdição: erro e ruína na Ilíada (Odysseus, 2006), Homero múltiplo: ensaios sobre a épica grega (Edusp, 2012) e A Musa difusa: visões da oralidade nos poemas homéricos (Annablume, 2015). Traduziu de Homero, em versos, quatro cantos da Ilíada (1, 9, 16 e 24).

 

Brunno V. G. Vieira é professor de Língua e Literatura Latina na UNESP. Traduziu os cinco primeiros cantos da Farsália de Lucano (Editora da Unicamp, 2011) e poemas de Ovídio, Horácio e Fedro. Colaborou nas anotações das Bucólicas de Odorico Mendes (Ateliê, 2008) e co-organizou os livros Permanência Clássica (com M. Thamos, Escrituras, 2011) e Acervos especiais: memórias e diálogos (com A. P. Meneses, Cultura Acadêmica, 2015).

 

Édson Reis Meira é professor de latim e grego da UFMA. Possui mestrado e doutorado em Linguística Histórica. Realizou pós-doutoramentos em Estudos Clássicos e Linguística. Traduziu do grego antigo para o português o tratado Sobre a malícia de Heródoto, de Plutarco, e do português para o grego moderno o diálogo político-filosófico O banqueiro anarquista, de Fernando Pessoa.

 

Érico Nogueira é poeta, tradutor e professor de Língua e Literatura Latinas na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Venceu a primeira edição do Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura na categoria poesia com sua primeira coletânea, O Livro de Scardanelli (2008). Sua coletânea seguinte, Dois (2010), foi finalista do Prêmio Jabuti de 2011. Publicou também, entre outros, Introdução às Artes do Belo (2010), tradução da obra de Étienne Gilson, e Verdade, Contenda e Poesia nos Idílios de Teócrito (2012) e Poesia bovina (2015).

 

Guilherme Gontijo Flores é professor de Língua e Literatura Latina na UFPR. Traduziu, dentre outros, A anatomia da melancolia, de Robert Burton (2011-2013, prêmios Jabuti e APCA), e as Elegias de Sexto Propércio (2014, prêmio Paulo Rónai). No momento, prepara uma tradução integral das Odes de Horácio.

 

Jaa Torrano é professor titular de Língua e Literatura Grega na Universidade de São Paulo, autor de O Pensamento Mítico no Horizonte de Platão (Annablume Clássica, 2013), A Esfera e os Dias Poemas (Annablume, 2009) e O Sentido de Zeus O Mito do Mundo e o Modo Mítico de Ser no Mundo (Roswitha Kempf, 1988/Iluminuras, 1996), e tradutor de Hesíodo, Ésquilo e Eurípides.

 

João Angelo Oliva Neto é livre-docente em Letras Clássicas desde 2013 pela Universidade de São Paulo, onde obteve o título de Doutor (1999) e Mestre (1993) ambos em Letras Clássicas. Pesquisa gêneros da poesia antiga, tradução poética do grego e do latim e estudos de história da tradução de poesia greco-latina em português. 

 

Leonardo Antunes é professor de Língua e Literatura Grega na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Dedica-se atualmente a traduzir e musicar a poesia grega antiga.

 

Marcelo Tápia, poeta, tradutor, ensaísta e professor, é graduado em Letras (Português e Grego) e doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP. Atualmente atua como professor pleno do Tradusp – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da FFLCH-USP. Dirige o museu Casa Guilherme de Almeida – Centro de Estudos de Tradução Literária, em São Paulo.

 

Paulo Martins, professor livre-docente de Língua e Literatura Latina na USP, é presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC). Autor dos livros Elegia Romana. Construção e Efeito (Humatinas, 2009); Literatura Latina (IESDE, 2009), Imagem e Poder (Edusp, 2011) e Pictura Loquens, Poesis Tacens. Limites da Representação(Edusp, 2016).

 

Raimundo Carvalho é professor de Língua e Literatura Latinas na Universidade Federal do Espírito Santo. Publicou Bucólicas de Virgílio (Crisálida, 2005) e Metamorfoses em Tradução (com a tradução dos cinco primeiros livros das Metamorfoses de Ovídio), disponível na internet (2010).

 

Robert de Brose é Professor Adjunto de Letras Clássicas da Universidade Federal do Ceará (Campus de Fortaleza). Bacharel em Língua e Literatura Grega, Mestre e Doutor com "Distinção e Louvor" em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo. É membro permanente do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução (POET) da Universidade Federal do Ceará e líder do Grupo de Pesquisa no CNPq "Tradução e Recepção dos Clássicos". Atualmente dedica-se à tradução da obra completa de Píndaro com o auxílio financeiro do Edital Universal do CNPq. 

 

Rodrigo Tadeu Gonçalves é professor de Língua e Literatura Latina na Universidade Federal do Paraná desde 2005, doutor pela mesma instituição, pós-doutor pelo Centre Léon Robin (CNRS, Paris), autor de Performative Plautus: Sophistics, Metatheater and Translation (Cambridge Scholars Publishing, 2015) e atualmente trabalha na tradução integral do De Rerum Natura em hexâmetros brasileiros.

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