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VI TRANSFUSÃO – ENCONTRO DE TRADUTORES LITERÁRIOS DA CASA GUILHERME DE ALMEIDA (18/09)

18 de Setembro de 2016 | 10h às 17h30

“ESCOLA DE TRADUTORES”
Curadoria: Marcelo Tápia e Simone Homem de Mello

Dias 17-18 de setembro de 2016

Em sua sexta edição, o TRANSFUSÃO apresenta – por meio de mesas-redondas e palestras com convidados do Brasil e do exterior – múltiplas trajetórias de aprendizado da tradução literária e coloca em discussão em que medida e por quais meios se pode ensinar essa arte. Em referência direta a um livro significativo do tradutor e ensaísta húngaro-brasileiro Paulo Rónai, o tema “Escola de Tradutores” também remete a iniciativas históricas de intercâmbio entre praticantes da tradução, desde a lendária escola medieval de Toledo até a Associação Brasileira de Tradutores (ABRATES). O propósito do encontro é expor diversos pontos de vista sobre a ensinabilidade da tradução literária, das perspectivas de escritores-tradutores, tradutores profissionais, editores, pesquisadores e acadêmicos.


10h | Mesa-redonda
ENSINAR A TRADUÇÃO?
Com Jiro Takahashi, Lenita Rimoli Esteves, Mauricio Santana Dias e Sergio Molina

Os diferentes acessos à profissão do tradutor literário e as formas de se veicular o saber tradutório são alguns dos temas desta discussão com tradutores profissionais, editores, pesquisadores e professores universitários de tradução literária.  O que está em pauta é a formação do tradutor, que não pode deixar de passar pela vivência estética do leitor e pela prática de criação do escritor. Até que ponto o envolvimento do tradutor com o trabalho editorial de revisão e de preparação de texto, bem como com o aprofundamento teórico e prático em programas institucionais de formação podem influenciar a tradução constituirá o foco deste debate.


12h | Intervalo para almoço

14h | Palestra
ABRATES HOJE
Por William Cassemiro

A profissionalização do trabalho do tradutor já interessava a Paulo Rónai desde a década de 1950, um período em que iniciou uma correspondência nesse sentido com a Fédération Internationale des Traducteurs. Ao lado de Aurélio Buarque de Holanda, Rónai fez parte do grupo de tradutores mentores da Associação Brasileira de Tradutores (ABRATES), fundada em 1974. Hoje, a ABRATES – que também associa tradutores-intérpretes – se empenha no desenvolvimento profissional e no intercâmbio de informações entre profissionais da área. O palestrante, atual diretor da ABRATES, apresentará os propósitos da Associação e os benefícios recebidos por seus filiados.


15h | Palestra
ESCUELA DE TRADUCTORES DE TOLEDO
Por Álvaro Abella Villar

Ponto marcante na história da tradução, a Escuela de Traductores de Toledo, operante entre os séculos XII e XIII, propiciou um intercâmbio ímpar entre eruditos na tradução – para o latim ou para o castelhano – de textos árabes ou hebraicos que incorporavam tradições científicas e filosóficas gregas, persas, indianas e árabes. Inspirando-se nesse momento ímpar de cosmopolitismo na cultura europeia, que acabou culminando em algumas conquistas renascentistas, a Universidade Castilla-La Mancha criou em 1994 uma nova Escuela de Traductores, dedicada a refletir sobre a circulação de ideias e pensamentos entre as culturas mediterrâneas. O palestrante, docente da instituição, abordará o histórico da Escuela medieval e apresentará a concepção da nova escola, com seus programas de formação de tradutores entre o árabe, o espanhol e o hebraico.


17h | Coffee-break


17h30 | Encerramento
Por Marcelo Tápia

Para marcar o encerramento do programa, o diretor da Casa Guilherme de Almeida apresentará uma combinação de breve abordagem teórico-histórica sobre o tema “Escola de Tradutores“ e de récita de textos traduzidos.




Álvaro Abella Villar é tradutor literário profissional e docente da Escuela de Traductores de Toledo da Universidade de Castilla-La Mancha. Traduz do árabe, do inglês e do francês para o espanhol. Desde 2006, colabora com diversas editoras (Maeva, Mondadori, Lumen, DeParís, Icaria), tendo como especialidade a tradução do romance contemporâneo árabe, britânico e estadunidense. Entre os inúmeros autores que traduziu estão Alaa Al-Aswany, Alex George, Alice LaPlante, Chris Bohjalian, Chris Cleave, David Dosa, Hamdi Abu Golayel, Jean Kwok, Jeanette Winterson, Jeffrey Moore, Kate Quinn, Kathryn Stockett, Khaled Al Khamissi, Laurent Gounelle, Naguib Mahfouz, Ruta Sepetys e Yasser Abdel-Latif.

Jiro Takahashi atua no mercado editorial desde 1966. Iniciou na Editora Ática, participando da criação de novos conceitos de livro de professor e suplementos de trabalho para as séries Vaga-LumePara Gostar de Ler e Autores Brasileiros. Atuou, também, na direção editorial de Abril Educação, Nova Fronteira, Ed. do Brasil, Ediouro e Editora Prumo/Rocco. Atualmente é editor executivo da Nova Aguilar. Fundou a Editora Estação Liberdade em 1990. É mestre em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e lecionou nos cursos de Letras – Tradutor e Intérprete, do Unibero/Kroton, na Faculdade Paulista de Artes e em cursos de pós-graduação em gestão empresarial da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap).

Lenita Rimoli Esteves possui mestrado e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é professora Livre-Docente da Universidade de São Paulo. Realizou pesquisas de pós-doutorado na University of Massachusetts em Amherst e no King's College, em Londres. Como pesquisadora, coordenou e participou de diversos projetos acadêmicos dedicados a investigar a recepção da literatura brasileira no mundo de língua inglesa, a dimensão ética da tradução, e o papel da tradução na produção literária e jornalística do século XIX, entre outros. Suas mais recentes publicações são Atos de tradução: éticas, intervenções, mediações (2014) e Vozes da tradução: éticas do traduzir (coorganizado com Viviane Veras, 2014).

Marcelo Tápia, poeta, ensaísta e tradutor, é graduado em Letras (Português e Grego) e doutor em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH/USP. Autor de cinco livros de poemas, traduziu, entre outras obras, os romances Os passos perdidos (2008) e O reino deste mundo (2010), de Alejo Carpentier. É coorganizador do livro Transcriação (2013), de Haroldo de Campos. Tem ministrado cursos nas áreas de literatura e teoria da tradução em diversas instituições. Atualmente, é professor pleno do Tradusp – Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da FFLCH-USP. Dirige o museu Casa Guilherme de Almeida – Centro de Estudos de Tradução Literária.

Maurício Santana Dias é tradutor, crítico literário e professor de Literatura Italiana na FFLCH/USP. Possui doutorado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela USP e pós-doutorado pela Università degli Studi di Roma La Sapienza (Itália, 2009). Entre suas obras publicadas como tradutor estão 71 contos de Primo Levi (2005), 40 novelas de Luigi Pirandello (2008), Trabalhar cansa, de Cesare Pavese (2009), O príncipe, de Maquiavel (2010), Decameron: 10 novelas selecionadas (2013), de Boccaccio, As pequenas virtudes (2015), de Natalia Ginzburg, Mundo escrito e mundo não escrito, de Italo Calvino (2015), e Pasolini: poemas (2015).

Sérgio Molina nasceu em Buenos Aires em 1964 e mudou-se para o Brasil aos dez anos de idade. Passou pelos cursos de Ciências Sociais, Letras, Editoração e Jornalismo, sempre na USP. Iniciou sua carreira profissional como tradutor em 1986, especializando-se em narrativa espanhola e hispano-americana. Verteu desde então mais de oitenta livros, de autores como Jorge Luis Borges, Adolfo Bioy Casares, Alejo Carpentier, Rodolfo Walsh, Ricardo Piglia, Ernesto Sabato, Mario Vargas Llosa, Luis Gusmán, entre outros. Sua tradução de D. Quixote foi finalista do Prêmio Jabuti (2004). Desde 2006, conjuga as atividades de tradutor e editor, tendo colaborado com Editora 34, Fap-Unifesp, Edições SM e Nova Aguilar.

Simone Homem de Mello é autora e tradutora literária. Sua poesia está publicada nos livros Périplos (2005), Extravio marinho (2010) e Terminal, à escrita (2015) e em antologias brasileiras e estrangeiras. Escreveu os libretos das óperas Orpheus Kristall (composição de Manfred Stahnke, Munique, 2002), Keine Stille auβer der des Windes (composição de Sidney Corbett, Bremen, 2007) e UBU – Eine musikalische Groteske (composição de Sidney Corbett, Gelsenkirchen, 2012). Como tradutora, dedica-se à poesia moderna e contemporânea de língua alemã. Desde 2011, trabalha como coordenadora do Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida.

William Cassemiro é graduado em Eletrônica e em Letras (Inglês/Português) pela FFLCH-USP. Atua como tradutor profissional desde 2007, em especial de manuais técnicos e operacionais, com o intuito de auxiliar e facilitar o trabalho do tradutor. É diretor da Associação Brasileira de Tradutores (ABRATES) e voting member da American Translators Association.  Entre seus temas de interesse estão a integração entre a Tradução Automática e o Tradutor Profissional, e conteúdos e palestras sobre: o uso de tecnologias de auxílio na tradução, utilização de machine translation por tradutores profissionais e organização da rotina de trabalho do tradutor.

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