CASA GUILHERME DE ALMEIDA Centro de Estudos de Tradução Literária

Guilherme de Almeida, Gente de Cinema

A Casa Guilherme de Almeida apresentou, entre 9 de novembro e 8 de dezembro, a exposição Guilherme de Almeida, Gente de Cinema, que relembra a atividade pioneira de Guilherme de Almeida como crítico de cinema e sua relação com o universo cinematográfico.

A mostra reúne elementos do acervo do museu-casa, como poemas de sua autoria dedicados à sétima arte, algumas de suas críticas de filmes escritas para a coluna Cinematographos,, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, entre 1927 e 1940, trechos do livro Gente de Cinema, de 1929 (em que apresenta o trabalho de atores de Hollywood), além de registros de sua atuação como roteirista para algumas das produções da Cia. Cinematográfica Vera Cruz.

Um elemento que integra a mostra é o poema “Cinema”, que relembra toda a magia e a grandiosidade das salas de exibição: “É a vida, a grande vida/ Que um deus artificial gera e conduz/ Num mundo branco e preto, e que trepida/ nos seus dedos de luz”.

Além de poeta e escritor, Guilherme de Almeida teve importante papel na área de crítica cinematográfica. Até meados da década de 1920, as informações sobre o cinema eram divulgadas em poucas revistas como Scena muda e Cinearte. No jornal O Estado de S. Paulo, a coluna Cinematographos somente informava o leitor sobre os filmes em cartaz; a partir de 1927, quando Guilherme passou a ser o responsável pela coluna, ela se tornou um novo espaço, com comentários sobre os filmes, os artistas e as próprias salas de exibição.

“Esta exposição, ainda que modesta em seu recorte, pretende apresentar uma amostra do trabalho de Guilherme de Almeida no universo do cinema, seja estudando-o, seja atuando em seus bastidores. Todo o material reunido denuncia um escritor bastante atualizado com o mundo cinematográfico. Um Fã de Cinema, e, ele mesmo, Gente de Cinema”, afirma Donny Correia, um dos curadores da exposição, ao lado de Marcelo Tápia e Marlene Laky.