Em seu terceiro número, a Revista Re-produção prossegue com sua missão de abordar as áreas do conhecimento pelas quais Guilherme de Almeida transitou ao longo de sua carreira, por meio da produção intelectual de autores que nelas atuam. Novamente, buscamos adequar o conteúdo aqui publicado aos segmentos de atividade que integram a programação do Museu, de modo a que esta marcasse a tônica do que será oferecido ao leitor.
Assim sendo, a primeira seção da revista traz artigos escritos por professores que, ao longo do ano de 2016, ministraram atividades diversas na Sala Cinematographos, localizada no Anexo da Casa, novo espaço dedicado à reflexão da crítica cinematográfica a partir desse ofício exercido por Guilherme. Figuram neste número João Eduardo Hidalgo, que nos apresenta uma visão geral sobre as várias adaptações cinematográficas de Dom Quixote, cujo autor, Miguel de Cervantes, faleceu há 400 anos; Sarolta Kóbori, pesquisadora húngara, cujo texto focaliza alguns dos profissionais imigrantes de seu país que ajudaram a desenvolver o cinema brasileiro entre anos os anos 1920 e 1960; e Rafael Zanatto, especialista em cinema alemão, que comenta o trabalho de um dos cineastas favoritos do poeta Guilherme de Almeida, Ernst Lubitsch.
Sob a rubrica “Tradução”, Jessica Cooper, estudante da Universidade de Birmingham (UK) – que realizou estágio na Casa –, apresenta suas versões para o inglês de alguns poemas do livro Era uma vez (1922), de Guilherme de Almeida. O leitor poderá, também, apreciar a transcrição de dois eventos sobre tradução realizados durante o ano, mediados por Simone Homem de Mello, coordenadora de nosso Centro de Estudos de Tradução Literária: uma conversa com a tradutora Ana Helena Souza, a respeito das especificidades relativas à tradução da obra de Samuel Beckett, e um debate acerca da tradução literária em seus aspectos relacionados à criação, à edição e ao metadiscurso, que contou com a participação de Álvaro Faleiros, Gilles Abes, Maurício Santana Dias, Rafael Copetti e Roberto Zular.
Na seção “Dossiê”, que encerra esta edição, Guilherme de Almeida reaparece por meio de estudos sobre três de suas várias atividades: Charles Gentil, integrante do Grupo de Estudos sobre a obra do poeta, que se reúne no Museu desde 2011, analisa aspectos de um dos livros de poesia de Guilherme; a professora Renata Cazarini de Freitas explora uma faceta pouco conhecida do poeta – sua atuação no Teatro Brasileiro de Comédia, que incluiu a realização de traduções e a proposta de programas de apresentação teatral; e o coordenador de programação cultural da Casa, Donny Correia, analisa o modo como Guilherme de Almeida noticiou o falecimento do ator Rodolfo Valentino, em 1926, e como suas crônicas e comentários redimiram um astro “engolido” pela indústria de Hollywood, como homenagem ao artista na ocasião dos 90 anos de sua morte.
Finalmente, o diretor da Casa Guilherme de Almeida, Marcelo Tápia, e a professora Susanna Busato refletem sobre relações entre a poesia e as artes plásticas a partir da obra do artista Pascal Ruesch, que permaneceu em exposição no Anexo da Casa entre maio e outubro deste ano.
Esperamos que esta edição possa estimular o interesse dos leitores pela obra do patrono da Casa Guilherme de Almeida, bem como por nosso amplo e diversificado programa de atividades.
Boa leitura.
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